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31 julho 2009

O país do Futebol?? Ou do Vôlei e da Natação?

"O Brasil é o país do futebol." Frase popular que é praticamente o cartão de visita de todo brasileiro. Mas também é o país da desigualdade e de algumas injustiças.

Apenas para ficar na esfera esportiva, pois se fosse para falar da política teria que escrever um livro, nos últimos anos muitos esportes se destacaram muito mais que o futebol e ainda assim recebem menos atenção do que mereciam.

Dois exemplos claros ocorreram na última semana.

Primeiro com a seleção masculina de vôlei. Oitavo título da Liga Mundial!
Para não cometer nenhuma injustiça ambas as seleções masculina e feminina possuem resultados mais do que expressivos nos últimos 10 anos. Mas vou destacar a masculina que desde a "Era Bernardinho" impressiona demais.

Só pra ficar nos 3 principais torneios de vôlei desde de 2001 quando assumiu o comando o time de Bernardinho conquistou 7 Ligas Mundiais, 2 Campeonatos Mundiais e 1 Ouro olímpico (fora outros vice-campeonatos).



Apontada como a seleção mais vitoriosa da história por muitos especialistas, o time já passou por 3 reformulações e com a conquista da Liga Mundial 2009, mostra que a terceira geração seguirá os passos de seus antecessores!

O segundo exemplo veio na natação com a consagração do brasileiro Cesar Cielo ao bater o recorde mundial e conseguir o ouro no mundial de Roma de Natação.

Cesar Cielo já deveria ser um herói nacional ao conseguir o ouro em Pequim. Hoje ele se torna uma personalidade mundial ao ser dono da melhor marca mundial da prova mais tradicional da natação, os 100m livres.



A história dessas gerações atuais tem um começo em comum. Barcelona 1992. Naquela Olimpíada o Brasil conquistou 1 Ouro no Judô (Rogério Sampaio, seguindo os passos de Aurélio Miguel quatro anos antes), outro Ouro e primeiro em esportes coletivo com a seleção de vôlei (de Tande, Giovanni, Marcelo Negrão, Maurício, Carlão e Paulão), e uma Prata com Gustavo Borges. Essas conquistas foram as sementes para as gerações de hoje.

Devido aos esforços de clubes e uma melhora na estrutura das confederações pode-se criar uma base e condições mínimas para o desenvolvimento de atletas de ponta no volêi e natação. E tudo isso feito com menos da metade do apoio que o futebol recebe.

Só isso já seria motivo de comemorar em dobro todas as conquistas dos esportes considerados secundários no Brasil. Que o reconhecimento venha para essa nova geração enquanto ainda podemos comemorar o sucesso de cada conquista!

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